quarta-feira, 28 de março de 2007

O dia em que Clift Robertson jogou a máquina de datilografia em cima de Joan Crawford




O ano é 1955. A então cinquentona Joan Crawford vive o papel de uma solitária datilógrafa. Para afastar a solidão ela vai a um bar e acaba conhecendo o boa pinta Clift Robertson. Um galã vinte anos mais jovem que ela. O romance é inevitável. A música de fundo que embala os amantes é “Autumn Leaves”, de Joseph Kosma. Depois de um idílio passageiro, com direito a orquídeas, e Nat King Cole interpretando maravilhosamente a canção-título, Miss Crawford acaba descobrindo que seu bem amado sofre de perturbações mentais. O drama está montado. Lá pelas tantas, num acesso de fúria o galã acaba atirando sobre Joan uma máquina de datilografia. Estamos falando de “Folhas Mortas”, melodrama dirigido por Robert Aldrich e veículo para a ex­-estrela da Warner, distante de sua época áurea de Hollywood. Cinemão em p&b. Elegante.Sofisticado e onde Aldrich soube aproveitar bem a sensualidade do novato Robertson e o charme arrasador de Joan Crawford.