domingo, 30 de março de 2008

Grupo Pão de Açúcar debate aumento da participação dos orgânicos no varejo

Nas gôndolas dos supermercados, é visível a expansão dos produtos orgânicos, tendência que mostra, de um lado, a necessidade de oferecer um diferencial aos consumidores e, de outro, o crescimento do chamado consumo consciente. Só em Curitiba, por exemplo, pelo menos 72% dos curitibanos compram semanalmente produtos orgânicos.
De olho nesse mercado, os supermercados criam seções específicas de produtos orgânicos, que incluem desde café, suco, cereais até hortifrutigranjeiros. Para debater o crescimento do varejo no país, a gerente de desenvolvimento do grupo Pão de Açúcar, Sandra Caires, realiza palestra na Feira Orgânica no dia 1º de abril, às 14h, integrando mesa-redonda que vai contar com produtores locais.
Ela aponta que, por categoria de produto, já existe um crescimento significativo das vendas do grupo. “Em hortifrútis, por exemplo, essa presença já significa 2,5% das vendas totais do grupo no Brasil”, exemplifica.
A boa notícia para os produtores do setor é que, de 2002 a 2007, os produtos orgânicos têm registrado crescimento de até dois dígitos, aumentando a presença mais do que o segmento convencional. “O desafio é conseguir oferecer ao consumidor uma solução por categoria de produtos, como queijo fresco orgânico, mussarela orgânica, frango orgânico e assim por diante”, afirma.
A decisão de compra do consumidor
A gerente do grupo Pão de Açúcar admite que já existe uma preocupação maior dos consumidores em se alimentar de forma mais saudável em função de problemas de saúde ou por atingir a longevidade.
Embora haja essa preocupação, ela acredita que seja uma tendência mais forte no exterior do que no Brasil. “O fato do produto não conter defensivo agrícola na sua composição é um fator importante na escala de valores do consumidor quando decide a compra por um produto orgânico”, esclarece Sandra.
Varejo versus produtores
Como o setor de orgânicos é formado, em sua maioria, por pequenos e médios produtores, o grande obstáculo ainda a ser enfrentado é a relação entre varejo e o produtor, mas ela aposta no entendimento entre as partes. “É preciso haver entendimento real no negócio, sentir e tratar os fornecedores com respeito para que eles sintam respaldo por nossa parte e, com isso, possam investir na produção, ter escala e, conseqüentemente, redução de custos”, avalia.

Palestra "INOVAÇÕES NO VAREJO: PLATAFORMA DE CRESCIMENTO DO MERCADO DE VAREJO NO BRASIL"
Dia 1º de abril, às 14h
ExpoTrade Pinhais (R. João Leopoldo Jacomel, 10.454 – Pinhais)